quinta-feira, 21 de março de 2013

o peso do post inaugural

Não sei por quanto tempo este blog existirá. Há o risco de serem poucos meses, há o risco de serem muitos anos. Na verdade, tentarei não me apegar. Se tiver que morrer, morrerá. Mas acredito na terapia da escrita e do compartilhamento. Então aqui estou, tentando entender o mundo após o nascimento do Léo.

Foi em 20 de dezembro de 2012. Uma cesárea clássica que arrepiaria todos os pelos da hippyzada, após 40 semanas e 1 dia de gestação. Após 20kg ganhos e dores de todo tipo. Eu quis parto normal mas depois de 40 semanas pedi água.

Já no terceiro dia de vida do Léo eu percebi que algo estava errado. Foi na última noite no hospital. Bateu um desespero e todos, em uníssono, clamaram: Baby Blues!

Mas era mais do que isso, como a história contou. Cá estou, 3 meses e 1 dia após o nascimento do meu filho, lutando contra a Depressão Pós Parto.

Mas calma. Engana-se quem pensa que este blog falará de depressão pós parto. Este é um dos tags, claro. É algo presente na minha vida hoje. Mas há muito, muito mais que isso. E este espaço eu criei para escrever sobre o que me viesse a cabeça. Como minha vida agora orbita em torno do meu filho, acho difícil que o tópico saia muito de maternidade. E estou tentando encarar dessa forma - eu mudei. Minha vida mudou após meu filho. Ousaria dizer que quase renasci, não tivesse eu tantas vezes ao longo desses 3 meses flertado com a morte.

Enfim, estou aqui pensando em como fazer deste primeiro post um post que agregue, que se comunique com outras mães ou que apenas desaperte meu coração que hoje está especialmente apertado, por razão nenhuma. Mas ainda estou assoberbada demais para a causa e efeito. Escrevo e pronto. Depois a gente vê no que tudo isso vai dar.

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